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Exposição solar – Cuidado! Por Dra. Sabrina Talarico

Você sabia que a incidência dos cânceres de pele representa 25% de todos os cânceres possíveis, ficando assim em primeiro lugar? E que os números vêm aumentando? E que mesmo aquela queimadura da infância pode representar um risco aumentado?

Seu aparecimento depende de uma predisposição geneticamente determinada somada a fatores ambientais, e aqui a exposição solar ganha destaque!

O Brasil tem grande parte do seu território entre a linha do equador e o trópico de capricórnio fazendo dele um dos países com maior insolação do mundo! Este fato somado a enorme miscigenação não permite que possamos adotar simplesmente conceitos de fotoproteção construídos em outros países. Pensando nisso a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desenvolveu o consenso brasileiro de fotoproteção.

Os efeitos danosos do sol podem ser divididos em agudos e crônicos. Os agudos incluem as queimaduras (ficar ardido, descascar, aparecimento de bolhas e até sintomas sistêmicos como febre e mal estar). Os principais efeitos crônicos são o envelhecimento precoce (manchas, rugas, perda de firmeza, alterações de textura) catarata e os cânceres de pele.

Existem dois grandes grupos :

  1. Câncer de pele não melanoma: representa a imensa maioria, felizmente são menos agressivos! Apesar disso a própria lesão ou o tratamento necessário podem produzir deformidades estéticas e/ou alterações funcionais importantes que podem impactar bastante a qualidade de vida. São muito relacionados à exposição crônica e continuada (indivíduos que trabalham diariamente expostos por exemplo)
  2. Melanoma: Tem baixa incidência, mas alta letalidade por sua rapidez na evolução e na formação de metástases. Quando já avançado responde pobremente a quimioterapia, por isso a melhor chance que temos é na prevenção e diagnóstico precoce! O melanoma é mais associado à exposição aguda e intensa (ficar ardido todo verão por exemplo).

O sol que tomamos no início da vida pode impactar de forma crucial o surgimento de câncer de pele na vida adulta. As crianças são muito mais receptivas as informações preventivas. Introduzir hábitos de fotoproteção desde cedo pode modificar comportamentos e até influenciar a posição dos adultos!

É portanto nosso papel ampliar a consciência dos danos solares e divulgar/adotar um comportamento de proteção!

– Fotoprotetores tópicos: Ponto central, mas não único, deste comportamento é o uso do filtro solar! Ele é pode ser usado a partir dos 6 meses de idade, recomendamos o uso diário (mesmo em dias nublados) do produto com FPS de pelo menos 30 e com proteção UVA associada. Em situação de maior exposição (praia, piscina, parque ou longos períodos ao ar livre onde quer que seja) o ideal e reaplicar o produto a cada 2-3 horas ou após períodos de imersão na água. As quantidades ideais estão ilustradas na imagem que segue.

– Fotoproteção oral: Servem para reduzir o dano celular causado pelo sol, como mais uma arma, nunca usados isoladamente o em substituição ao protetor tópico!

– Fotoproteção mecânica: Uso de roupas, chapéu e óculos escuros… é bastante útil por ser uma proteção uniforme e constante, particularmente interessante para as crianças. Hoje existem produtos que incrementam as fibras com substâncias aumentando a proteção do tecido.

– Medidas gerais: Evitar a exposição solar das 10:00 as 15:00, buscar áreas com sombras. Sempre que surgir alguma lesão suspeita (pintas que aumentam de tamanho, muito escuras ou de diversas cores, muito grandes, com sintomas como coceira, dor, sangramento, ou feridas que não cicatrizam) procurar um dermatologista credenciado pela SBD.

Dra. Sabrina Talarico

Fonte: http://www.promovidaamae.com.br/exposicao-solar-cuidado-por-dra-sabrina-talarico/

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