Covid-19: manifestações cutâneas da covid-19
A covid-19 afeta a pele?
O coronavírus é de fato um vírus novo, do qual a gente conhece muito pouco, ainda temos muito para entender.
A gente está tentando entender melhor os fatores de risco, buscando explicações imunológicas para as apresentações clínicas e os motivos para evoluções mais graves.
Estamos em busca de tratamentos efetivos e a produção de vacinas corre como nunca.
A comunidade científica está a todo vapor e na dermatologista não foi diferente.
Covid e pele
Desde o início da pandemia já são inúmeros trabalhos que relatam as alterações na pele.
Primeiro de quem cuida dos pacientes com covid, devido ao uso de equipamentos de proteção individual, como já falei em outro post (clique aqui e confira!).
Por ser uma doença sistêmica imagina-se que a covid possa ter uma ação sobre as doenças dermatológicas pré-existentes.
Depois surgiram relatos das manifestações dermatológicas da covid-19 e sabemos que qualquer doença viral pode gerar alterações na pele.
O maior estudo publicado até agora foi um espanhol que propôs uma classificação para as reações cutâneas.
As lesões de pele descritas no covid são muitas e bastante inespecíficas. Elas parecem não serem tão importantes para o diagnóstico, mas sim indicadores de gravidade.
Elas podem variar desde vesículas, que são pequenas bolhas, urticária, aqueles calombos na pele, ou bolinhas pelo corpo.
Em casos mais graves podemos observar as reações que lembram alterações na circulação, lesões arroxeadas.
Entre os sinais tardios temos o descrito “covid toes”, que é uma lesão arroxeada acometendo os dedos dos pés. Esse sim parece ser o sinal mais característico.
Ainda é muito cedo para avaliar a relação de causa e efeito dessas lesões, mas caso apresente algum sintoma gripal, associado às lesões cutâneas, procure um profissional.
É importante tranquilizar os pacientes que têm alguma lesão nova na pele.
Até já tiveram casos relatados de quadros cutâneos isolados, sem sintomas clássicos do covid como falta de ar, tosse seca, perda de olfato, mas isso não é nem de longe o mais comum.
A regra permanece a mesma: se tiver alguma lesão cutânea, procure seu dermatologista.
