A Hanseníase é considerada uma das doenças mais antigas do mundo e ainda carrega consigo muito preconceito. Por falta de conhecimento científico no passado, associações negativas eram atribuídas aos portadores da doença, como a impureza e a desonra. Hoje, devido aos avanços tecnológicos, existem tratamentos que bloqueiam o potencial de transmissão da bactéria e que proporcionam a cura. Saiba mais:
O que é?
Também conhecida como Lepra, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, um parasita que compromete as células da pele e células nervosas, cujo período de incubação pode variar de 5 a 6 anos. Pode ser classificada em:
- Hanseníase paucibacilar: com poucos ou nenhum bacilo presente nos exames.
- Hanseníase multibacilar: com muitos bacilos, caso não tratada apresenta potencial de transmissão.
Sintomas:
Trata- se de uma doença espectral, ou seja, a maneira de como a doença se manifesta depende do sistema imunológico de cada paciente, podendo se apresentar com manchas claras, avermelhadas ou mais escuras, que causam alteração na sensibilidade pele, perda de pelos e ausência de transpiração. Caso a doença afete nervos periféricos, pode ocasionar dormência, desenvolvimento de incapacidades físicas, deformidades e protuberâncias.
Transmissão:
A transmissão da doença se dá a partir da convivência prolongada com o infectado que não encontra-se em tratamento. A bactéria pode ser transmitida através de saliva ou secreção nasal. Cabe destacar que tocar na pele de um hanseniano não o. oferece risco de transmissão da doença.
Diagnóstico:
O diagnóstico deve ser dado pelo médico a partir de avaliação clínica dermatoneurológica do paciente, de acordo com as manifestações cutâneas e da presença ou não se sensibilidade nas áreas afetadas. Para a conclusão diagnóstica podem ser necessários exames como baciloscopia e biópsia.
Tratamento:
O tratamento para a Hanseníase é gratuito e fornecido pelo Sistema Único de Saúde-SUS. Possibilita a cura da doença e pode durar de 6 meses a 1 ano, de acordo com o tipo clínico apresentado. Cabe destacar que após a primeira dose da medicação, não há mais risco de transmissão pelo paciente.
Prevenção:
A grande maioria da população tem uma boa resistência (defesa natural) ao bacilo de Hansen. Pessoas que tem pouca resistência ao bacilo (cerca de 10%da população) podem adoecer.
Uma vez que o contágio se dá pelo contato íntimo e prolongado, familiares de pacientes diagnosticados com hanseníase devem ser avaliados ativamente.
O diagnóstico precoce e tratamento adequado ainda são a melhor forma de prevenção.
Além disso pode ser necessária a aplicação de uma segunda dose da vacina BCG (usualmente administrada ao nascimento com o intuito de reduzir formas graves de tuberculose) com o objetivo de fortalecer a imunidade de pessoas que convivam com um portador de hanseníase.
Queremos levar a conscientização sobre a doença para o maior número de pessoas, a falta de informação ainda existe e é um impeditivo para o combate ao preconceito e para que os portadores da doença busquem por tratamentos adequados. Hanseníase tem cura! Compartilhe este post com seus amigos e familiares, juntos vamos combater esta realidade!
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